Você sabe o que é a fragilização por hidrogênio em aços? Já aconteceu com alguma peça sua? Sabe também como resolver esse problema? A fragilização por hidrogênio em aços é um fenômeno de perda da resistência do material, em função da alta quantidade de hidrogênio presente na peça. O hidrogênio é um elemento químico que tem facilidade de penetrar o aço devido ao seu pequeno diâmetro e a sua fácil movimentação. Com essa penetração em grandes quantidades, o hidrogênio pode desenvolver trincas na estrutura do aço que o fragilizam. Essa perda de resistência pode levar, até mesmo, ao rompimento total da peça.
Aço fragilizado por hidrogênio. Fonte: Gizmodo
O surgimento do hidrogênio no aço pode ser tanto no processamento, quanto na fabricação ou em serviço. As possíveis causas desse surgimento são variadas: podem ser as condições atmosféricas de tratamento térmico, a desagregação dos lubrificantes orgânicos, o ambiente de trabalho, a soldadura em arco (com eletrodos químicos) ou a dissociação de hidrogênio em alta pressão.
Processo de dissolução do hidrogênio nos metais
Além disso, existem algumas susbtâncias que podem estar presentes na composição do material e que também possibilitam a entrada do hidrogênio no aço. Isso porque essas substâncias retardam a recombinação do hidrogênio atômico para molecular - e apenas o hidrogênio atômico é capaz de penetrar no material em condições normais de pressão e temperatura, porque o hidrogênio molecular possui maior volume - o que favorece a entrada do hidrogênio no metal. São alguns exemplos dessas substâncias que podem ser citados: sulfeto, cianeto, arsênico, selênio, fósforo e antimônio.
Propagação da trinca induzida por hidrogênio
É interessante salientar que alguns tratamentos também tornam as peças mais suscetíveis à fragilização, tais como o ataque químico, a decapagem, o revestimento com fosfato, a remoção de corrosão, a remoção de tinta e a galvanoplastia.
Para neutralizar os efeitos dessa fragilização, utiliza- se a desidrogenação. Esse processo consiste em um tratamento térmico de alívio de tensão do aço. Após o processo eletrolítico, o material é introduzido em uma estufa com temperaturas de 150 a 250 ºC, permitindo a difusão do hidrogênio e sua liberação na superfície.
Estufa para desidrogenação
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Fontes:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/156955/000906220.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.pmt.usp.br/LPE/LabH2S/TF-2010%20Mariana%20Akemi%20Okamoto.pdf